segunda-feira, maio 24, 2010

simpatia

já dizia um velho ditado que uma pessoa age com você da mesma forma que você age com ela...


Quem me conhece um pouco sabe que a simpatia não é o meu forte. Eu diria que é uma maneira de me "defender", mas sabe-se lá o que isso significa, não é mesmo?

Sou uma pessoa boa e atenciosa. Uma boa menina como diria minha avó. Mas tenho uma mania de fazer cara feia para as pessoas. Sim, péssimo hábito. 

As vezes é interessante, por exemplo, em um restaurante com atendimento ruim ela (minha cara feia) pode conseguir uma porção de pasteizinho como cortesia da casa. No entanto, na maioria das vezes, acaba espantando as pessoas, dando uma má impressão de mim. Ai, quando a pessoa me conhece e vê meu lado bom diz: "nossa, não achei que você fosse tão legal". É. É isso que acontece.

Com muito esforço da minha parte, já que entendo que ser antipática não é, muitas vezes, interessante eu tento praticar a simpátia no meu dia a dia (pelo menos quando meu humor permite).

Hoje, por exemplo, quando estava requerendo minha carteira de trabalho começei o pedido com um sorriso verdadeiro - estou feliz de já ter uma carteira de trabalho, e ficarei mais ainda quando conseguir o trabalho. Esse sorriso, por sua vez, fez com que o gentil atendente me trata-se muito bem. E durante o processo ele começou a conversar comigo. Em dias comum eu iria apenas responder sem dar muita corda para a conversa. Hoje eu, exercitando a simpatia, dei corda. E para minha surpresa foi uma conversa muito interessante. 

Um jovem senhor escultor, que acorda cinco da manhã para ir ao seu sítio apreciar a natureza e com isso pode ver um começo de dia bonito o que nesse momento já não é possível (dia nublado, bem "xoxo"). Formado em direito e educação física, foi um dos primeiros funcionários da Usina Cocal, prestou faculdade de arquitetura na FAU, mas infelizmente não passou. Tem amor pela sua casa e seus trabalhos e sente por não ter mais tempo para esculpir e dar aulas de natação.

Fiquei impressionada com sua vivacidade e alegria de viver dele. E me senti triste por achar que minha vida, aos 24anos, está acabada só por não conseguir ter um emprego ou ser feliz com minha, e única, formação acadêmica. E decidir, portanto, praticar mais a simpatia. Nada mais gratificante para um ser humano do que o conhecer. Conhecer pessoas, objetos, técnicas, sentimentos. Conhecer a vida!

 

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