domingo, abril 25, 2010

arte

"Não há como compreender verdadeiramente as coisas sem um pouco de imaginação e criatividade."
(http://cultura.portaldomovimento.com/juan_miro.html)




Sempre tive dificuldade em expressar me verbalmente. Sobre qualquer assunto, situação, acontecimento ou sentimento. Não seria diferente com a Arte, aliais, a dificuldade é ainda maior.


As vezes a dificuldade está na simplicidade, na falta de detalhes...

Juan Miró (fonte: http://www.ricci-art.net/img005/34.jpg)


Ou no excesso deles ...

Juan Miró (fonte: http://www.ricci-art.net/img005/36.jpg)


E é tão bom quando você se identifica com a obra, sem ao menos precisar conhecer seu significado ...

Juan Miró (fonte: http://www.ricci-art.net/img005/91.jpg)


E em um determinado momento você se depara com algo que poderia ser incompreensível, mas você, involuntariamente, sente o significado. Mas as palavras para explicar continuam ocultas.

Juan Miró - Woman (http://www.fundaciomiro-bcn.org/coleccio_obra.php?obra=728&idioma=2)


Em todos os momentos da vida você é cobrado para expressar se verbalmente. Porém, existem aqueles momentos que, para mim, basta um olhar ou um gesto. É dificil encontrar alguém que se contente apenas com isso. Para minha vida prefiro o silêncio dos sorrisos aos ruídos das explicações verbais.

saldo do dia:muita água quente e boas surpresas virtuais, daquelas que lembram momentos onde, o silêncio dos olhares foram suficientes









quarta-feira, abril 21, 2010

Feriado em plena quarta-feira é tão preguiçoso, a semana mal começou e você já tem uma folguinha, ai quando se da conta que ainda tem meia semana pela frente a preguiça só aumenta!



Quem vê esse comentário acha que amanhã, logo cedo, tenho que ir trabalhar. Acordar, colocar o uniforme, ir para o escritório e projetar o dia todo, resolver pendências, desacordos, materiais e etc. Não. Gostaria que fosse assim, mas ainda não é. Ainda me ocupo com os estudos.
 
Confesso que até a alguns dias atrás era só o tédio que me ocupava. Mas,agora tenho estudos pela frente, monografia para ser terminada. Então, acordo, coloco o uniforme e me sento na velha prancheta. A mesma que por cinco anos me roubou espaço no pequeno cômodo que eu chamava de quarto e hoje continua a ocupar espaço no novo-velho quarto.

Quatro livros para ler, leitura penosa, a geografia nunca me interessou e a geologia não obteve sucesso na tentativa de me contagiar. Já geoprocessammento em gestao e planejamento urbano tem me chamado atenção. Quem sabe um luz no fim do túnel.

O bom de não ter muitas perspectivas a respeito de seu futuro profissional - lembrando a escolha errada na hora da formação acadêmica - é que qualquer conquista, por menor que seja, é comemorada. Um simples teste online para um trainee de uma empresa que você nunca ouviu falar, já lhe oferece bons pensamentos em relação ao futuro. O que, no momento, é tudo o que é preciso para seguir em frente, buscando oportunidades e não temendo nenhum caminhoo.


saldo do dia: sono suficiente para recuperar a tentativa de balada de ontem anoite; churrasco em família na nova área de lazer (raro momento de tranquilidade familiar); descanso refrescante no spa; uma tarde intera de preguicinha na sala assistindo séries policiais americanas; e um teste do trainee concluido, faltam três.

segunda-feira, abril 12, 2010

conversa de psiquiatra

de médico e de louco todo mundo tem um pouco!

Você procura um médico em busca de melhoras, seja do pulmão, do coração, dos ossos, da cabeça ou de qualquer outra coisa.

E tratando de uma consulta sobre transtornos emocionais da sua vida pode acontecer o seguinte:

Você vai a uma consulta de uma hora, conta praticamente toda sua vida, enfatizando os acontecimentos, recentes ou não, que você julga serem os mais importante e causadores daquela tristeza toda.
Tipo, aquele dia que você brigou com alguém e nunca mais falou com ele; sobre aquela pessoa que lhe traiu, aquela que deixou de amá-lo; sobre seus pais; seus estudos; seus amigos e os amigos dos seus amigos; sobre a sua afinidade com um animal de estimação; seus problemas de saúde e mais um monte de coisa. E o cara na sua frente fica escrevendo e você, inutilmente, fica tentando decifrar suas palavras, de péssima grafia e de cabeça para baixo.

E você que se engana, acreditando não saber o motivo de tanta confusão mental, tenta explicar para o sujeito a sua frente que não gosta da sua profissão, que cinco anos não foram suficiente, que você não é capaz de observar um edifício e ter seus olhos tomados por tamanha perfeição arquitetônica. Não. Não gosto. E ele teima em tentar incentivar você projetar, buscar oportunidades, conta sobre o amigo do amigo que trabalha com projetos, ou o outro que trabalha naquela tal empresa.

É impressionante, a primeira coisa que ele faz ao sair do consultório, na primeira visita, é falar sobre o edifício, e mostra as cores, o pregolado, a iluminação, conta a idéia inicial que não pode ser concluída por esse ou aquele motivo. Mas, eu não quero falar sobre isso, será que as pessoas não me escutam? Será que não acreditam em mim ou, simplesmente, não entende como pode ser possível alguém ser arquiteto e não gostar de falar sobre arquitetura?

Talves ele queira me testar, me mostrar que eu gosto, sim, disso tudo. E não adianta insistir, não acho que seja relevante, para minha insegurança a respeito do meu potencial criativo, o jeito que combino o colar com a blusa ou por ter meus cabelos pintados.
Amigo, se fosse simples assim não teria pago uma pequena grande fortuna para conversar com você.

Mas, apesar de tudo, é ele que tem nas mãos o poderoso receituário.


saldo do dia: caminhada matinal agradável; consulta e mais uns dias tomando os veneninhos; sossego em casa sem os pedreiros, pintores e afins; boas perspectivas para a semana que começa; e desejos de noites mais relaxantes.

quinta-feira, abril 08, 2010

conversa de dermatologista

Que mal tem querer tirar umas manchinhas do rosto, mesmo que seja só umazinhas e pequenininhas? Ou usar produtos industrializados para evitar as ruguinhas e manchinhas que ainda não apareceram para "iluminar" meu rostinho? A dermatologista acredita que meus míseros vinte e quatro aninhos não são suficientes para atitudes mais radicais, "use filtro solar!" disse ela...Bendito seja o filtro solar.
 
O detalhes é que um simples filtro solar de farmacia não resolve, tem que ser aquele, que custa uma pequena grande parte do seu salário, salário que você ainda não recebe. Ele tem que ser anti oleosidade, anti poluição, UV, A, B, fator 30...e um monte de outras coisas que, aposto eu, nem a dermatologista sabe para que serve!
 
Depilação? Melhor nem tocar no assunto.

Praticamente uma tarde ouvindo propaganda de marca de cosméticos, ouvindo a voz estridente da secretária atender o telefone, ou melhor, os telefones. E observando a dificuldade de um ser humano 
em entender o que eu digo.
 
"Nome", "Ana Carolina Vasconcelos Martins", "Vasconcelos o quê?", "Martins"; "Endereço" "Humberto(...)", "Ahm?", "Humberto", "com U?", "Não, com H"; "Telefone" (...)53", "63?", "Não, 53"; "Estado civil?", "...Solteira"... "hum".

É, acho que talvés uma fonoaudiologa seja uma boa para mim.


saldo do dia: monografia: sem nenhum progresso, emprego: nenhuma perspectiva, episódio de Two and a Half Men: seis, consultas: uma, baladinha: uma, com esperanças de ser boa!

"Gente simples, ingênua e feliz ás vezes provoca essas reações bobas."

terça-feira, abril 06, 2010

24 anos e um dia

é mais difícil saber o que devemos fazer e não ter forças para fazermos, do que não saber o que fazer.


vinte e quatro anos e um dia, o tempo está mudando, ventos novos e temperaturas mais amenas.
o coração ainda acelerado. os lábios secos. a mente confusa.
desejando enxergar em outros olhos os meus próprios olhos.


saldo do dia: algumas crônicas lidas de trás para frente, monografia estacionada, caminhada não realizada, pedaços doces do bolo dos vinte e quatro aninhos, pedaços recheados de ovos de páscoa, uma manhã chuvosa seguida de uma tarde de céu azul e inspirador de desejos, pensamentos positivos e esperançosos sobre o futuro, sentimentos solitários e tristonhos do coração. e uma blusa resgatada no armário, cheia de lembranças e encorajadora de bons sonhos, velhos e doces sonhos...